Brasil bate recorde de evangélicos e vê número de católicos cair para menor nível da história 2i4u38

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Dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (6); protestantes representam hoje 26,9% da população com 10 anos ou mais de idade, o equivalente a 47,4 milhões de pessoas

  • Por da Redação
  • 06/06/2025 12h00
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Fernando Frazão/Agência Brasil A 18° edição da Marcha para Jesus reúne cristãos em caminhada pela Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade Marcha para Jesus reúne cristãos em caminhada pela Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio de Janeiro

Os dados do Censo 2022, divulgados pelo IBGE, revelam um crescimento significativo da população evangélica no Brasil. De acordo com a pesquisa, os evangélicos representam hoje 26,9% da população com 10 anos ou mais de idade — o equivalente a 47,4 milhões de pessoas — e seguem como o grupo religioso que mais cresce no país, ainda que em ritmo mais moderado do que em décadas anteriores. Os católicos, embora ainda sejam maioria, aram de 65% da população em 2010 para 56,7% em 2022 — uma queda contínua observada desde o primeiro Censo, em 1872, quando representavam 99,7% dos brasileiros. Atualmente, o país tem cerca de 100,2 milhões de católicos, mas esse é o menor percentual já registrado na série histórica.

Embora os evangélicos tenham crescido 5,3 pontos percentuais desde o último Censo, o ritmo de expansão desacelerou. Entre 2000 e 2010, o avanço foi de 6,5 pontos. Já entre 2010 e 2022, o crescimento foi de 35,3% — ainda significativo, mas menor do que os 69,2% registrados no período anterior. O fenômeno evangélico, que se intensificou a partir da década de 1980, vem moldando o cenário religioso nacional. Em 1980, os evangélicos representavam apenas 6,5% da população. Hoje, são maioria em 58 municípios brasileiros, com destaque para cidades do Sul, Sudeste e Norte do país.

A distribuição etária mostra que os evangélicos são mais numerosos entre os jovens: 31,6% dos brasileiros entre 10 e 14 anos se identificam com essa fé, contra 52% de católicos. Entre os que têm mais de 80 anos, o percentual de católicos chega a 72%, enquanto o de evangélicos cai para 19%. Do ponto de vista racial, indígenas são os que mais se declaram evangélicos (32,2%), seguidos por pretos (30%) e pardos (29,3%). Já entre os brancos, a maioria ainda é católica (60,2%). Regionalmente, o Norte concentra a maior proporção de evangélicos (36,8%), com destaque para o Acre (44,4%). No Nordeste, onde os católicos ainda predominam, o Piauí registra a menor proporção de evangélicos (15,6%).

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O número de pessoas que se declaram sem religião também aumentou: de 7,9% em 2010 para 9,3% em 2022. Esse grupo inclui ateus, agnósticos e pessoas que se consideram espiritualizadas, mas sem vínculo institucional. As religiões de matriz africana, como umbanda e candomblé, triplicaram sua presença, ando de 0,3% para 1% da população. Segundo o IBGE, o crescimento pode estar ligado a uma maior disposição dos fiéis em se declararem publicamente, em um contexto de combate à intolerância religiosa. Religiões como judaísmo, islamismo, budismo e tradições esotéricas aram de 2,7% para 4% da população. Já os espíritas diminuíram, de 2,1% para 1,8%.

Publicado por Felipe Dantas

*Reportagem produzida com auxílio de IA

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